05 outubro, 2016

Há ligações que o dinheiro não compra?

 
 
A área da gestão de pessoas é uma daquelas áreas verdadeiramente apaixonantes e desafiantes!
 
Felizmente, e ainda com um longo caminho a percorrer, parece que as nossas empresas estão cada vez mais conscientes e sensíveis a esta delicada matéria.
 
É aqui que entra o tema “Salário Emocional”. Ainda temos Gestores que acham que as pessoas têm é que trabalhar e é para isso que são pagas. Portanto, para alguns, as pessoas são algo parecido com máquinas. Surpreendam-se! Pessoas não são máquinas! Pessoas são seres únicos e complexos, com emoções, vivências, motivações, desejos e vontades diferentes. São estas pessoas que fazem as empresas crescer e tornarem-se únicas. Se o dinheiro continua a ser importante porque é ele que paga as contas no final do mês, há outros aspetos não menos importantes que fazem com que as pessoas se liguem emocionalmente às empresas.
 
O salário emocional é aquilo que grande parte das vezes não vem espelhado num “recibo de vencimento” mas faz que a pessoa goste muito do que faz e da empresa onde trabalha. É aquele que faz a diferença entre ser um castigo ou um prazer ir trabalhar todos os dias. São por vezes pormenores… “coisas dos recursos humanos”, menos fáceis de medir e mais complicadas de explicar às pessoas menos sensíveis à matéria e que consideram que é uma perda de tempo. Vejamos alguns exemplos mais práticos do que pode ser feito a este nível: possibilidade de ter um horário flexível (por exemplo, para alguém conseguir estudar), é trabalhar à distância, é ter possibilidades de ter acesso a programas de formação e desenvolvimento, é ter um bom ambiente de trabalho, é ser reconhecido (por palavras, gestos e atitudes), é garantir benefícios sociais como um seguro de saúde ou criação de um plano poupança reforma, é dar um presente a todos os filhos na altura de natal, é promover um dia de convívio para todos os colaboradores, é dar uma prenda de casamento ou uma ajuda quando nasce um filho, é oferecer o dia de aniversário do colaborador, etc, etc…

Como falamos de pessoas, atenção! Não há receitas universais! Nem tudo o que for colocado em prática vai agradar a todas as pessoas. Vale a pena fazer o melhor possível? Claro que sim! Pessoas mais satisfeitas, motivadas, comprometidas e apaixonadas pelo que fazem e pela empresa fazem mais, melhor e durante mais tempo! E para muitas pessoas (cada vez mais) há “coisas” que o dinheiro não compra! 
 

Madalena Rei de Sá
Diretora de Recursos Humanos
 na JP Sá Couto